quarta-feira, 21 de maio de 2008

REFORMAS POMBALINAS

Quando D. José I, em 1750 subiu ao trono, o reino encontrava-se numa grave situação económica.O ouro que chegava do Brasil era cada vez menos. A agricultura não produzia e as indústrias eram poucas. Comprava-se quase tudo ao estrangeiro.O povo via com grandes dificuldades. A nobreza e o clero, que tinham recebido de D. João V grandes honras e dinheiros, abusavam do seu poder.D. José I nomeou para seu ministro Sebastião José de Carvalho e Melo que, durante o reinado de seu pai, tinha sido embaixador de Portugal no reino de Portugal em Viena de Áustria.Sebastião José de Carvalho e Melo ficou conhecido pelo nome de Marquês de Pombal.

"A política pombalina obedece às seguintes caracteristicas fundamentais:

o Absolutismo - destruir radicalmente todas as forças que podiam de alguma maneira limitar o poder do rei. Essas forças eram por um lado, a nobreza, e daí ele ter liquidado as figuras mais altas da nobreza, que eram o clero, mas sobretudo, os jesuitas, que eram os confessores das pessoas da família real e que dessa maneira tinham um controlo da política do reino. Para impôr toda a sua filosofia, usou de métodos brutais, como é o caso da matança da família Távora. Mandou enforcar todos os membros dessa família, incluindo mulheres grávidas e crianças. Queria mostrar ao povo que quem mandava era ele.

O Marquês de Pombal iniciou um conjunto de reformas para desenvolver o reino e fortalecer o poder absoluto do rei.

Reformas econômicas - as actividades económicas enfrentavam grandes problemas. Por isso Marquês de Pombal tentou resolvê-los, fomentando a economia capitalista, através das seguintes medidas:

apoiou-se sobretudo nas pessoas ricas, a alta burguesia, que tinha nascido do ouro do Brasil. Para proteger a agricultura, a pesca e, ao mesmo tempo desenvolver o comércio, retirou aos comerciantes ingleses, sobretudo aos ingleses, os grandes lucros que tinham do comércio no Brasil e cria grandes Companhias Comerciais que tinham o monopólio (tinham o exclusivo) do comércio de deteminados produtos, em determinadas regiões como, por exemplo, a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro e a Companhia de Pescas do Algarve. Estas companhias tinham como objectivo apoiar a grande burguesia portuguesa para poder competir com os estrangeiros (sobretudo ingleses). Foi criada, também, a região demarcada do Douro, para defender a qualidade da produção do vinho;

o Marquês de Pombal proíbiu a saída de ouro e prata para o estrangeiro e a importação de artigos considerados de luxo. Desenvolveu a cultura de cereais e introduziu no reino novas culturas. Desenvolvimento da indústria, instalando fábricas (manufacturas) em vários pontos do reino, com o objectivo de aumentar as exportações e diminuir as importações. fundou a primeira refinaria de açúcar, criou fábricas de tecidos, vidro e papel.

Reformas sociais:

retirou privilégios a algumas casas nobres;
expulsou os jesuitas, e retirou ao clero o controlo do Tribunal da Inquisição;
protegeu a burguesia, que ganhou prestígio, poder e infuência;
proibiu a escravatura no reino, embora se mantivesse nas colónias.

Reformas no ensino - Sem preparação, não se pode trabalhar com qualidade. Por isso, para modernizar o reino, o Marquês de Pombal introduziu reformas no ensino. Criou:

escolas de instrução primária por todo o reino;
escolas de ensino técnico em Lisboa e no Porto;
Colégio dos Nobres, com o objectivo de os preparar para auxiliar na governação do reino;
o Museu de História Natural, para o estudo da Zoologia;
o Jardim Botânico, para o estudo da Botânica;
o Observatório Astronómico, para o estudo da Astronomia;
o Teatro Anatómico, para o estudo da Medicina;
reformou a universidade de Coimbra.

Nenhum comentário: