domingo, 18 de maio de 2008

CAPITANIAS HEREDITÁRIAS

Após o descobrimento do Brasil, Portugal se viu obrigado a elaborar um mecanismo que fosse capaz de garantir seu domínio sobre a região, visto que piratas ingleses, franceses e holandeses representavam um grande perigo aos seus interesses. Em 1534, o rei D.João III criou o sistema de Capitanias Hereditárias, para assim poder dividir melhor o território brasileiro e facilitar sua administração e controle. O sistema de Capitanias Hereditárias se baseava na divisão do território brasileiro em grandes faixas de terras. Cada faixa de terra (capitania) era administrada por um donatário que repassaria seus direitos aos seus filhos, por isso o sistema chamou-se Capitanias Hereditárias. Os donatários eram nobres e pessoas de confiança do rei. Seus deveres eram administrar, colonizar, combater os índios que resistissem à ocupação e acima de tudo, assegurar o domínio português sobre a região. Como vantagens os donatários recebiam regalias da corte e a permissão de explorar as riquezas da região. Em virtude da falta de recursos, da extensão territorial, da distância de Portugal e das invasões indígenas, o sistema de Capitanias Hereditárias não obteve sucesso. Com exceção das capitanias de Pernambuco e São Vicente, todas as capitanias fracassaram. Embora o sistema de Capitanias Hereditárias não tenha obtido sucesso, provocou profundas marcas sociais no Brasil. Através da divisão desigual das terras, surgiram os primeiros latifúndios, desencadeando um grave problema socioeconômico: a concentração de renda e de terras.

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